Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest

Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest

Desta vez irei falar de um game que certamente marcou a infância de muitos aqui: Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest. Os três games da série Donkey Kong Country para Super Nintendo são excelentes, se fizéssemos um top 10 de games do SNES, provavelmente todos despontariam nele, mas em minha opinião Donkey Kong Country 2 se sobressai. O game faz o jogador entrar na aventura de tal forma que não pare de jogar até completar tudo, nesse caso 102%, e não pense que isso é uma tarefa fácil.

Não sei explicar exatamente o porquê, mas sempre senti um clima místico e até um pouquinho melancólico em DK2, a maioria das fases são escuras e a música realça tudo isso. Essa atmosfera o torna especial, acredito que é o ingrediente chave que faltou em Donkey Kong Country Returns, mas isso é tema para outro artigo.

Curiosamente, em DK2 não jogamos com Donkey Kong. O macacão foi seqüestrado pelo Capitão K. Rool, então Diddy e Dixie Kong vão resgatá-lo. A aventura começa no navio onde termina DK1.

Cada personagem possui habilidades diferentes, Diddy é mais rápido enquanto Dixie consegue planar no ar girando o cabelo (hmm... onde vi isso? Sonic e Tails? Não…). Além deles, outros personagens ajudam durante o game, como a simpática velhinha Wrinkly Kong (tive uma professora na oitava série que era igual ela), Swanky Kong que é um apresentador de TV estilo Silvio Santos, o mecânico Funky e o rabugento Cranky Kong, sempre falando sobre as dificuldades de sua época.

Em algumas fases, é possível ter uma ajudinha de animais de montaria, assim como Yoshi em Super Mario World. Cada animal tem uma habilidade específica sendo extremamente necessários para pegar todas as moedas DK e Kremkoins.

Falando em Kremkoins, em certos pontos do mapa encontramos um Kremling brutamontes, chamado Klubba. Pagando a ele 15 kremkoins, podemos acessar um novo mapa: o “Mundo Perdido”, que possui seis fases dificílimas e o ultimo boss secreto. No total são 75 kremkoins necessárias para acessar todas as fases.

No final do jogo, Cranky apresenta o “Cranky’s Vídeo Game Heroes”, onde dependendo do numero de moedas DK que o jogador coletou, Diddy ocupa um lugar no ranking. Originalmente, Mario ocupa o primeiro lugar, Yoshi o segundo e Link em terceiro. Em um canto podemos ver uma lata de lixo com a pistola de Earthworm Jim e os tênis do Sonic ao lado no chão, com uma placa dizendo “No Hopers”, que significa algo como “sem esperança”. É, não gostei muito da piada.

Os gráficos seguem o estilo do primeiro game, utilizando uma técnica de 3D pré-renderizado desenvolvida pela própria Rare. O resultado era bem superior aos games de SNES da época, tanto que a Rare utilizou esta técnica posteriormente em DK Country 3 e também em Killer Instinct.

Além de todas as qualidades, a meu ver, o ponto alto do game está na trilha sonora que consegue dar uma profundidade absurda ao game. Até hoje não conheço um jogo que possua uma trilha sonora tão perfeita quanto DK2, o mérito é do britânico David Wise que criou todas as composições. Curiosamente sua contratação na Rare foi meio ao acaso, ele trabalhava em uma loja de instrumentos musicais e um dia estava demonstrando um sintetizador para duas pessoas. Essas pessoas eram Tim e Chris Stamper, fundadores da Rare, eles gostaram tanto que ofereceram a vaga. O sintetizador devia ser realmente muito bom. Wise trabalhou como o único compositor de todos os games da Rare entre 85 a 94.

David Wise teve influências claras do grego Vangelis, compositor das trilhas sonoras de vários filmes como Carruagem de Fogo, Blade Runner e de minha série favorita, Cosmos de Carl Sagan. Recomendo muito ouvir a Arctic Abyss de DK2 e depois a Theme from Antarctica de Vangelis.



Bom, já dei nota máxima para Sonic no WarpZone da ultima semana, mas não tenho como dar outra nota senão 10 para Donkey Kong Country 2. O game possuí um dos melhores gráficos de sua geração, sua trilha sonora é considerada por muitos como a mais bela do SNES, talvez até dos dias atuais, além de ser um jogo extremamente divertido. Eu joguei novamente DK2 há alguns dias para escrever este review e felizmente tudo isso não é uma memória nostálgica, o jogo é realmente muito bom, recomendadíssimo. E pelo amor de Shigeru Miyamoto, jogue no SNES, a versão para GBA fica anos-luz atrás.

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