The Walking Dead Ep. 2: Starved for Help

No segundo episódio de “The Walking Dead”, a Telltale consegue preservar os elementos que funcionaram no excelente capítulo inicial, ao mesmo tempo em que resolve os problemas de câmera e aumenta a tensão da aventura.
The Walking Dead: Starved for Help” prende o jogador do começo ao fim, com um ritmo ágil nos diálogos e a necessidade constante da tomada de decisões rápidas. A relação entre os personagens se aprofunda e o roteiro não permite que você fique em cima do muro – mais cedo do que tarde, é preciso escolher quem apoiar no grupo de sobreviventes.
Capturar o interesse do jogador com uma trama de qualidade continua sendo o maior mérito do adventure episódico “The Walking Dead”.




INTRODUÇÃO
Em “Starved for Help”, Lee Everet, a pequena Clementine e os outros sobreviventes descobrem que há perigos maiores no mundo pós-apocalipse zumbi do que os mortos-vivos.
A aventura se passa 3 meses após o primeiro episódio e coloca os personagens em uma situação difícil: o racionamento de comida. O jogo segue evoluindo a relação entre Lee, o personagem do jogador, e os outros membros do grupo.
Com um sistema de diálogos e reações bem desenvolvido, o jogo até permite que você tente ser amigo de todos, mas força situações em que é preciso tomar partido por um ou outro personagem – e que prometem definir o desenrolar da história nos episódios seguintes.

PONTOS POSITIVOS
  • Enredo cheio de tensão
  • Cercados por zumbis, os personagens de “Walking Dead” precisam lidar com um problema urgente: a escassez de alimentos. A fome, a ameaça constante dos mortos-vivos e o confinamento do grupo deixa todos com ânimos elevados e discussões e a disputa pela liderança do bando são constantes em todo o episódio.
    Para completar, um encontro com novos personagens coloca o jogador diante de situações cheias de tensão, em que é preciso fazer escolhas rápidas e difíceis. O jogo tem cenas fortes, mortes violentas e coisas piores, que deixam claro o tom sombrio e dramático da trama.
    “Starved for Help” é um episódio com 2 horas de duração, com um ritmo narrativo melhor do que “A New Day”, o primeiro capítulo da série.
  • Conexão com os personagens
  • Ao contrário do primeiro episódio, não há personagens conhecidos dos fãs dos quadrinhos ou da série de TV. Sobra tempo para desenvolver melhor a relação entre os personagens do jogo, o que torna os eventos do episódio ainda mais dramáticos.
    A relação entre Lee e a menininha Clementine, principalmente, ganha contornos mais paternais. Quanto aos outros personagens, para não estragar a surpresa de ninguém, o que posso dizer é que o jogo deixa claro que é preciso escolher um lado na disputa de poder dentro do grupo.
    Permanecer neutro é possível, mas os resultados são péssimos. O melhor é encarar os fatos e decidir com quem você simpatiza mais. Como o jogo utiliza o mesmo arquivo de save em todos os episódios, os personagens se lembram do que você fez ou disse no capítulo anterior – e vão continuar se lembrando nos próximos – e a melhor maneira de aproveitar o jogo é encarando “Walking Dead” como ‘a sua história’ dentro da série.
  • Câmera melhor posicionada
  • Minha crítica ao primeiro episódio parece resolvida em “Starved for Help”. Com cenários mais abertos do que “A New Day”, a câmera não fica tão próxima ao personagem e permite navegar melhor pelos cenários.
    Em situações que no primeiro episódio não funcionaram tão bem, como ao usar uma cobertura para se proteger, a câmera não atrapalhou e os controles funcionaram de forma mais precisa. Sinal de que, mesmo sem implementar novas mecânicas – afinal ainda é o mesmo jogo – a Telltale continua polindo sua obra.

PONTOS NEGATIVOS
  • Mais história do que jogo
  • Ao contrário de adventures mais antigos – e mesmo de jogos recentes da própria Telltale, como “Sam & Max” ou “Back to the Future” – “The Walking Dead” vai se caracterizando como uma história interativa.
    Você pode morrer e ser obrigado a jogar o mesmo trecho algumas vezes, principalmente nas cenas de ação, mas os puzzles exigem pouco do jogador. Você encalha em uma situação, encontra o item que precisa com certa facilidade e segue em frente. O cerne do jogo são os diálogos, as escolhas difíceis e a relação dos personagens, ou seja, sua história.
    Ao menos, é preciso admitir, é uma história muito boa.
Fonte: Uol jogos

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