Tales of Xillia chega ao Ocidente quase dois anos após seu lançamento
original no Japão. O RPG tem como destaque um enredo focado na constante
superação dos personagens, que enfrentam diversas adversidades ao longo
da aventura e precisam superar seus limites O game apresenta uma boa
jogabilidade, mas peca nos gráficos e animações. Confira nossa análise
completa a seguir.
Tales of Xillia (Foto: Divulgação)
O enredo e os personagens
Jude Mathis é um jovem
aprendiz de medicina que vê a sua relativa ingenuidade ser destruída
para se tornar um homem resoluto e dedicado. Ele vive na cidade Fenmont,
onde a noite é eterna e as pessoas usam magia para curar doenças,
iluminar a cidade e para muitas outras coisas.
Esta é a capital do reino Rashugal, uma das duas metades que dividem
Rieze Maxia (o mundo onde o jogo decorre) sendo a outra Auj Oule, onde
reina Gaius. A história acompanha Milla Maxwell, a encarnação da mestre
de espíritos, que decidiu adotar uma forma humana para manter a paz no
mundo dos homens. Milla pressente a chegada de uma ameaça e após
encontrar Jude ambos partem numa jornada para salvar o mundo.
À primeira vista os outros personagens que compõem o grupo parecem
estranhos, mas logo se mostram interessantes. Cada um possui uma
personalidade bem desenvolvida, construída ao longo da história, e
papeis importantes no desenrolar da trama.
Bela jogabilidade e ótimo sistema de combate
O sistema de combate de Tales of Xillia é um dos melhores já feitos em
um RPG. Sendo uma evolução dos títulos mais recentes da franquia, o Dual
Raid Linear Motion Battle System nos coloca em combates de 4
personagens principais contra um número variável de adversários.
Outra diferença de Tales of Xillia é que os monstros e inimigos são
visíveis no “campo” por onde os personagens avançam. Os combates
decorrem em tempo real (após uma rapidíssima tela de transição) e é
possível controlar livremente os cada lutador, executando ataques como
em um Action RPG tradicional.
Nas batalhas tudo decorre de forma altamente fluída e eficaz, exceto
quando em cenas com muitas Spirit Artes, as magias usadas pelos
personagens no jogo, ou contra muitos inimigos na tela. Mas o problema
não chega a ser um impedimento, já que este é o motor que deu vida a Vesperia e a Graces e apresenta um bom desempenho na maior parte do tempo.
Além do combate, a movimentação pelo mundo também agrada. É possível
viajar instantaneamente para qualquer ponto já visitado no jogo, o que
facilita a navegação e evita caminhadas prolongadas e cansativas. No
entanto, isto torna a experiência muito simplificada para o que é
habitual num título da série Tales.
Gráficos abaixo do esperado
A nível visual Tales of Xillia deixa a desejar. Com animações que não
convencem e gráficos ultrapassados, o jogo com certeza não chega nem
perto de aproveitar todo o potencial do PlayStation 3. Outro problema
são as expressões faciais dos personagens, que parecem muito artificiais
e atrapalham na imersão da história, principalmente em momentos de
maior tensão.
Conclusão
Tales of Xillia consegue ser superior aos outros jogos da série em
alguns pontos, como jogabilidade e diversão, mas apresenta retrocessos
em outros fatores. O enredo se desenvolve com bom ritmo, o sistema de
batalhas é familiar e agradável, mas a parte gráfica deixa a desejar.
Por fim, Tales of Xillia poderia ter sido um ótimo jogo, mas não teve
seu potencial bem explorado.