O Windows 10
é a evolução de uma história que começou a há 30 anos atrás. Para saber
tudo que aconteceu e conhecer cada lançamento do sistema, acompanhe uma
breve passagem por todas as versões do Windows, desde seu primeiro lançamento até o prometido Windows 10, que chega em 2015.
Windows 1
Desenvolvido
a partir de 1982, anunciado em 1983 e lançado em 20 de novembro de
1985, o Windows 1 possuía uma interface gráfica em 16-bit e era iniciado
por meio do MS-DOS, o sistema operacional da Microsoft
baseado em linha de comando. Nele, já era possível alternar entre
vários programas sem precisar sair, e reiniciar cada um deles.
O
sistema tinha menus suspensos, barras de rolagem, ícones e caixas de
diálogo para deixar os programas mais fáceis de aprender e usar. O
Windows 1.0 trazia vários programas, incluindo um gerenciador de
arquivos, o Paint, o Windows Writer, o Bloco de Notas, a Calculadora, um
calendário, um arquivo de cartões e um relógio, que servia para ajudar a
gerenciar as atividades do dia a dia.
Além de sua interface e
dos programas, o grande mérito dessa primeira versão foi o fato dela
ser fortemente baseada no uso de um mouse, bem antes desse dispositivo
se popularizar. A Microsoft investiu tanto nessa versão que, para ajudar
os usuários a se familiarizarem com este estranho sistema de entrada,
incluiu um jogo chamado Reversi, que era controlado pelo mouse, e não pelo teclado.
Windows 2
Pouco
mais de dois anos após o lançamento do Windows 1, a Microsoft lançou o
Windows 2 em dezembro de 1987. Dessa vez, a grande inovação do novo
sistema era a possibilidade de poder sobrepor janelas umas às outras e o
surgimento da capacidade de minimizar ou maximizar janelas, em vez de
apenas transformá-las em um ícone ou ampliar as mesmas.
No
Windows 2, também foi introduzido o painel de controle, um local onde
várias configurações do sistema e opções de configuração foram reunidos
em um só lugar. Também foi nessa mesma versão que o Word e Excel fizeram suas primeiras aparições.
Windows 3/3.1
Lançado
no dia 22 de maio de 1990, o Windows 3 foi o primeiro Windows que
precisava de um disco rígido para ser instalado (até então, usava-se
disquete). Com ele era possível executar programas do MS-DOS no Windows,
além de utilizar multitarefa para programas legados. O sistema
suportava 256 cores e por conta disso, tinha uma interface com um visual
mais moderno e colorido.
Já no ano de 1992, foi lançada a
atualização do sistema: o Windows 3.1. Juntos, os dois sistemas venderam
10 milhões de cópias nos dois primeiros anos, tornando o Windows o
sistema operacional mais usado até então. Na verdade, essa versão foi a
primeira que obteve uma grande o sucesso, chegando a ser considerado um
desafiante a altura do Macintosh da Apple e das interfaces gráficas do
Commodore Amiga, pré-instaladas em computadores de fabricantes
compatíveis com PC.
Windows 95
Como
o próprio nome indica, o Windows 95 chegou em agosto de 1995 e com ele
veio o primeiro botão e menu Iniciar, a base da tradicional interface do
Windows. Essa versão também trouxe o conceito de “plug and play”, que
permitia o reconhecimento de alguns dispositivos apenas conectando ao PC
e deixando por conta do sistema a busca e instalação dos drivers
apropriados. Infelizmente, o PNP nem sempre funcionava como devia, mas
serviu tornar mais simples a instalação de muitos periféricos.
O Windows 95 também introduziu um ambiente de 32 bits, a barra de tarefas e era focado em multitarefa. O Internet Explorer
também fez sua estreia no Windows 95, mas não foi instalado por padrão:
para ter ele era preciso instalar o Windows 95 Plus! pack. Atualizações
posteriores do Windows 95 passaram a incluir IE. Na época, o Netscape
Navigator e o NCSA Mosaic eram browsers populares.
Windows 98, Windows 2000 e Windows ME
Lançado
em junho de 1998, o Windows 98 trouxe consigo IE 4, Outlook Express,
Windows Address Book, Microsoft Chat e NetShow Player, que foi
substituído pelo Windows Media Player 6.2 no Windows 98 Second Edition em 1999.
O
Windows 98 introduziu os botões de navegação que permitiam ir para trás
e para a frente da barra de endereços no Windows Explorer, entre
outras coisas. Uma das maiores mudanças foi a introdução do Windows
Driver Model para componentes e acessórios de computador – um driver
para suportar todas as versões futuras do Windows. Além disso, o suporte
ao USB foi melhorado, o que levou à sua adoção generalizada, incluindo
hubs de USB e mouse USB.
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Após
o Windows 98 e suas atualizações, em setembro de 2000 veio a versão
Millennium Edition (ME), que foi considerado o ponto mais baixo da série
do Windows por muitos na época (ele não conseguia instalar corretamente
e era geralmente bem pobre em quase tudo). Essa versão também foi a
última do Windows baseada em MS-DOS, e a última na linha de Windows 9x. O
ME introduziu alguns conceitos importantes para os consumidores,
incluindo ferramentas automatizadas de recuperação do sistema. O sistema
vinha com IE 5.5, Windows Media Player 7 e o editor de vídeos Windows
Movie Maker.
Já
o Windows 2000 foi lançado em fevereiro d ano 2000, quase que
simultaneamente com o ME. Ele era baseado em um sistema orientado para
negócios da Microsoft, o Windows NT, e mais tarde se tornou a base para a
criação do Windows XP. Nessa versão, a atualização automática da
Microsoft teve um papel importante, esse versão foi o primeiro Windows a
suportar a hibernação.
Windows XP
Sem
dúvida a versões de maior longevidade, o Windows XP foi lançado em
outubro de 2001 e colocou os sistemas operacionais empresarial e para
consumidor final da Microsoft, sob o mesmo teto.
O sistema
era baseado no Windows NT, como o Windows 2000, mas trouxe os elementos
favoráveis ao consumidor a partir do Windows ME. O menu Iniciar e Barra
de Tarefas ganharam uma reforma visual, trazendo o familiar botão
Iniciar verde, a barra de tarefas azul, o famoso papel de parede, e outros.
Essa
versão trouxe o ClearType, que tornava o texto mais fácil de ler em
telas de LCD, foi introduzido, a gravação de CD embutida, o autoplay de
dicsos e outras mídias, além de ferramentas automatizadas de atualização
e recuperação, que ao contrário do Windows ME, efetivamente
funcionavam.
Seu maior problema foi a segurança: devido a sua
enorme popularidade e os poucos recursos de proteção, o sistema acabou
se tornando o principal alvo para os hackers e criminosos, que
exploravam suas falhas, especialmente no Internet Explorer, sem piedade,
criando novos vírus mais potentes.
Windows Vista
O
Windows Vista tornou-se o sucessor do XP em janeiro de 2007. A versão
atualizou a aparência do Windows com foco em elementos transparentes,
busca e segurança. Entretanto, a tecnologia “User Account Control”
resultou em centenas de pedidos de permissões de autorização para
aplicativos, o que sobrecarregado e irritou os usuários. Para piorar
ainda mais, o sistema era executado muito lentamente em computadores
mais antigos, apesar destes serem considerados como compatíveis com o
Vista.
O lado positivo do sistema foi que os gamers de PC ganharam um impulso com a inclusão da tecnologia DirectX 10 no Vista. Nessa versão foram incluídos o Windows Media Player 11 e IE 7, junto com o Windows Defender, um programa anti-spyware. O Vista também trouxe o reconhecimento de voz, o Windows DVD Maker e Photo Gallery, além de ter sido o primeiro Windows distribuído em DVD.
Windows 7
Considerado
por muitos como o sistema que o Windows Vista deveria ter sido, o
Windows 7 chegou em outubro de 2009. Praticamente foi lançado para
resolver todos os problemas e críticas enfrentadas pelo Vista,
fornecendo pequenos ajustes de aparência, uma concentração de recursos
de fácil utilização e menos sobrecarga para o usuário, por conta de
pedido de autorização e outras confirmações de apps.
O
sistema era mais rápido, mais estável e mais fácil de usar, tornando-se
popular entre usuários e empresas que atualizaram a partir do Windows
XP, a assim o Vista foi inteiramente abandonado.
Além das
melhorias, o sistema trouxe o reconhecimento de escrita, assim como a
capacidade de “encaixar” janelas no topo ou nos lados da tela,
permitindo redimensionar a janela automaticamente.
Windows 8/8.1
Lançado
em outubro de 2012, o Windows 8 foi a revisão mais radical da Microsoft
para a interface do Windows, deixando de lado o botão e o menu Iniciar
em favor de uma tela inicial amigável ao toque.
A nova
interface de blocos mostrava ícones de programas e live tiles, pequenos
blocos que exibiam informações rapidamente, comportando-se como aquilo
que é normalmente conhecido como “widgets”. A revisão radical não foi
bem recebida por muitos, pois a Microsoft estava tentando colocar um
sistema que fosse funcional para usuários de desktop e de dispositivos
touchscreen, com uma única interface.
Em outubro de 2013, a Microsoft lançou o Windows 8.1
e incluiu o primeiro passo na reviravolta da Microsoft em torno de sua
nova interface visual. O Windows 8.1 reintroduziu o botão Iniciar,
porém, nada de menu Iniciar. Nele, os usuários também poderiam optar por
iniciar diretamente no desktop do Windows 8.1, que era mais adequado
para aqueles que utilizam um computador de mesa tradicional com um mouse
e um teclado, do que a tela Iniciar com foco no toque, para tablets e
aparelhos híbridos.
Windows 10
Acusada de "pular o Windows 9", a Microsoft anunciou em 30 de setembro de 2014, o Windows 10.
Na mesma data, fabricante de software lançou uma versão de teste para
os usuários chamada de “technical preview”. Ou seja, um trabalho ainda
em andamento, até definir a futura versão.
O
Windows 10 representa mais um passo no retorno da Microsoft às origens.
Ele traz de volta o menu Iniciar e mais equilíbrio para usuários de
computadores de PCs tradicionais. O sistema traz alguns recursos
interessantes que incluem a capacidade de alternar entre um modo de
trabalho tradicional, com teclado e mouse, e um modo tablet, para os
computadores híbridos, como o Surface Pro 3 e outros modelos com um
teclado destacável, que podem ser usados com tela sensível ao toque.
Apesar
de se focar bastante no desktop, o Windows 10 foi concebido para
unificar a plataforma em celulares, tablets e PCs, com aplicativos
universais que podem ser baixados da Windows Store e executados em todos os dispositivos, acabando com a divisão Windows Phone e Windows RT.
A
história do Windows mostra que mesmo que o sistema vá para diferentes
dispositivos, mudar radicalmente e abandonar o desktop tradicional, pode
ser um erro que custa caro. Prova disso está na grande quantidade de
usuários que ainda se mantém no Windows 7 e até no XP, mesmo que este
último não tenha mais suporte por parte da Microsoft.
A boa
notícia é que o novo Windows 10 promete ser a redenção da Microsoft
diante das reclamações. Com isso, pode ser que ele termine se tornando
para o Windows 8, o que a versão 7 foi para o vista.