Vai comprar um drone na Black Friday? Veja tudo o que precisa saber

A Black Friday está se aproximando. A última sexta-feira de novembro, que este ano cai no dia 25, trará descontos em uma série de eletrônicos, inclusive drones. O evento pode ser uma boa oportunidade para comprar aparelhos com preços mais baixos, mas, ainda assim, é preciso estar atento às características do produto para não perder dinheiro.

A seguir, o WXCG lista dez fatores que você precisa considerar antes de adquirir um quadricóptero. Confira e escolha o modelo que melhor atende às suas necessidades.
Veja o que considerar antes de comprar um drone na Black Friday (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
1. Qual objetivo?
A primeira coisa antes de comprar qualquer produto é definir como ele será usado. Há drones de diferentes perfis, cujas funcionalidades, especificações e, claro, preço, variam consideravelmente entre si.
Se a ideia é dar o drone de presente para uma criança, prefira modelos pequenos e com menor velocidade. 

Drones para criança custam cerca de R$ 200 (Foto: Divulgação/Candide)
Se  quem vai usar é um adulto, mas apenas para diversão, modelos com tempo de voo de cerca de 10 minutos e câmera HD ou Full HD são mais que suficientes. Nessa categoria existem diversas opções disponíveis no mercado e os preços também variam bastante, podendo ir de R$ 500 a R$ 3 mil.
Caso o uso seja profissional, um drone com câmera 4K que consiga percorrer grandes distâncias e fique no ar por mais de 20 minutos pode ser essencial. Os equipamentos desse tipo são bem mais caros, naturalmente. Os preços começam a partir de R$ 4 mil e podem chegar a R$ 30 mil.
2. Portabilidade
A portabilidade acaba se relacionando diretamente com o perfil de uso. Os modelos mais básicos costumam ser menores, pois não focam no desempenho em estabilização de imagem ou tempo de voo longo. O mini drone Cheerson Cx 10, por exemplo, possui apenas 4 x 4 cm e pesa 29 g. Claro que isso não é o padrão médio, mas os produtos desse tipo, em geral, não passam de 500 g.
Por outro lado, modelos profissionais ultrapassam facilmente os 2 kg. Um deles é o novo Inspire 2, da DJI, que possui 3,2 kg. Entre as opções intermediárias, com boa portabilidade, estão o Karma, da GoPro, que tem 1 kg, e o Mavic Pro, da DJI, com apenas 743 gramas. Ambos são dobráveis para caberem melhor em mochilas e bolsas.
Drone Go Pro Karma tem design dobrável (Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo)
3. Segurança
No ano passado, A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estabeleceu uma série de regras para o uso de drones no Brasil, com objetivo de aumentar a segurança do espaço aéreo. Um das principais normas é não operar em áreas próximas a aeroportos e outras zonas de pouso e decolagem de aeronaves, como heliportos. Além disso, o usuário deve ter mais de 18 anos e nunca voar a uma altura superior a 120 metros.
Também é importante ter em mente que as condições climáticas interferem na segurança dos voos. Evite colocar drones no ar com tempo chuvoso ou ventos muito fortes, que atingem velocidades igual ou superior a 15 Km/h. As duas situações podem fazer com que o usuário perca o controle do aparelho, causando acidentes.
4. Facilidade de uso
Quanto mais intuitivo o uso, melhor. Por isso, confira as características gerais do controlador, veja se existe aplicativo para smartphone e, de preferência, peça para realizar um “test drive” antes da compra. Outro fator que pode ser decisivo é o drone vir com manual em português.
Controle do drone Karma, da GoPro (Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo)
5. Alcance do voo e duração de bateria
A capacidade da bateria interfere diretamente no tempo que o drone fica no ar, por isso, essas características exigem bastante atenção. Note, porém, que nem sempre o maior valor em mAh quer dizer mais tempo de voo.
Isso acontece porque a duração da bateria depende de outros fatores, como o próprio peso do drone e as funcionalidades integradas. Para efeito de ilustração, o GoPro Karma ostenta uma bateria de 5.100 mAh e faz até 20 minutos de voo, enquanto o Mavic Pro consegue voar por até 27 minutos com uma bateria de 3.830 mAh.
O alcance do drone também é extremamente importante. Um modelo de entrada, como o L6039w, pode se distanciar a no máximo 100 metros em relação ao controlador. No Mavic Pro e no Inspire 2, esse valor é de até 7 km, embora o primeiro atinja velocidade de até 65 km/h e o segundo, de 108 km/h.
Drone Inspire 2, da DJI, voa por 27 minutos e chega a 7 km (Foto: Divulgação/DJI)
6. Funcionalidades
Os drones estão recebendo cada vez mais recursos e é importante conhecê-los antes da compra. Isso impede tanto que você escolha um modelo aquém das suas necessidades quanto gaste milhares de reais em um modelo com funcionalidades que nunca usará. Aparelhos de entrada tendem a apresentar apenas filmagem a partir de câmera integrada, por isso são a melhor opção para quem apenas quer algumas fotos e vídeos aéreos.
Aparelhos de ponta, por outro lado, têm capacidades como modo de piloto automático, detecção automática de obstáculos, gimbal de câmera que gira em 360º, controle dual band (faixas de 2,4 e 5 GHz), integração com smartphones e transmissão de vídeos ao vivo via Facebook. Há modelos que ainda podem ser submersos em água ou carregar câmeras DSLR, aumentando as possibilidades de criação.
7. Qualidade da câmera
É importante lembrar que existem drones sem câmera alguma, geralmente destinado às crianças. Os mais comuns atualmente têm dispositivo HD, enquanto os mais avançados apresentam filmagem em alta resolução, com padrões Full HD, 4K e até 5,2K.
Modelos como os Inspire 1 e 2, da DJI, trazem sensor CMOS com lente de abertura entre f/1.7 e f/16 e capacidade HDR. Outro fator importante na qualidade da imagem é o gimbal, peça responsável pela estabilização da câmera. Neste guia você pode aprender mais sobre o componente, mas, em linhas gerais, prefira um gimbal de três eixos para obter imagens com o mínimo de trepidação.

Drone Yuneec Typhoon Q500 4K (Foto: Divulgação/Yuneec)
8. Acessórios
Por sua tradição no mercado de drones, a DJI é a que mais dispõe de acessórios extras para o equipamento. É fácil encontrar baterias, cabos, filtros de lente para câmera e gimbal para drones da fabricante, além de mochilas, cases e controles remotos. As demais marcas têm opções mais limitadas no mercado brasileiro, que normalmente conta apenas com baterias em lojas especializadas.
9. Assistência técnica e garantia
Nenhuma marca de drones oferece assistência técnica oficial no Brasil. A excessão seria a GoPro, mas o Karma ainda não está disponível para venda no país e, recentemente, passou por um recall internacional - o que pode atrasar mais ainda sua chegada por aqui. Tanto a garantia quanto o suporte são oferecidos pelas revendedoras. Portanto, antes de comprar, confirme se a loja em questão garante contra defeitos de fábrica e quais são os requisitos para envio ao conserto.
10. Preço e disponibilidade no Brasil
O mercado brasileiro está repleto de drones de todos os tipos, perfis e preços. É possível comprar versões a partir de R$ 100, assim como quadricópteros super avançados de R$ 25 mil. Tendo em mente tudo o que foi falado nos tópicos acima, basta você saber o que precisa e escolher o melhor para suas necessidades.

Mercado brasileiro conta com drones de R$ 100 a R$ 25 mil (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)