Assassin's Creed 4: Black Flag é uma das grandes apostas da Ubisoft
para a atual e próxima geração de consoles. E o título promete: a
produtora do game Ambre Lizurey disse que o game terá mais
de 50 horas de jogo; 20 horas a mais que o prometido pelo megassucesso
GTA Vl. Este e outros detalhes foram revelados em um bate-papo exclusivo
durante a BGS 2013.
Assassin's Creed 4: Black Flag promete pelo menos 50 horas de jogabilidade
Assassin's Creed 4 será lançado para PlayStation 3, Xbox 360 e Wii U no
dia 29 de outubro, e para PS4 e Xbox One em 15 e 22 de novembro,
respectivamente. Acompanhe a entrevista:
Como foi o processo produtivo para Assassin's
Creed 4? Foi muito conturbado ou diferente do jogo anterior? Como foi a
experiência?
Ambre Lizurey: Toda produção é diferente, porque o seu
time principal é diferente. Na essência, depende do produtor, da
gerência e da direção criativa. O nosso time foi muito bom, nos sentimos
como uma segunda família. Todo dia, ficávamos muito felizes em
trabalhar com as pessoas que estavam lá, e, se pudermos, acho que vamos
manter o time como está.
TT: Como Assassin's Creed 4 se relaciona com o jogo anterior, considerando que ele foi a conclusão da saga de Desmond?
AL: No presente, o jogador sabe o que aconteceu com
Desmond, então agora o jogador será quem fará a interação com o Animus,
como um funcionário da Abstergo, depois do final da trilogia. Ele terá
algumas missões no tempo presente, para ser introduzido à Animus, mas no
passado o jogo estará em um tempo anterior a AC3, com o personagem
Edward. O protagonista é o avô de Connor e o pai de Ethan, então é bem
antes, e o jogo será sobre a vida de Edward.
A produtora de Assassin's Creed 4, Ambre Lizurey,
TT: Sobre a cenário: vocês escolhem o Caribe. Por quê?
AL: Quando nós vimos o que [a Ubisoft] Singapura fez
com os navios, realmente achamos que existia potencial. A gente também
queria seguir a linha do Connor, ir mais fundo nisso. Essa época, no
Caribe, foi a Era de Ouro da pirataria, e é algo que realmente se
mistura bem com a linha de Assassin's Creed. Foi por isso que escolhemos
o Caribe.
TT: Falando nisso, o foco em navegação não foi realmente
planejado, foi? Foi um experimento de sucesso que aconteceu em
Assassin's Creed 3 que acabou derivando nesse novo jogo. Houve disputa
antes que o time decidisse pela navegação como elemento central do jogo
ou foi uma escolha óbvia?
AL: Nós soubemos [da opção pelos navios] desde o
momento em que vimos o protótipo de jogo pela primeira vez. O trabalho
[em AC4] foi começado ainda durante a produção de AC3, com o time
principal de Assassin's Creed: Revelations, então trabalhamos por mais
de dois anos. Nós não esperamos pelo sucesso das batalhas marinhas de
Assassin's Creed 3 para decidir se íamos ou não usar essa mecânica,
simplesmente dissemos: "certo, vamos fazer o jogo".
Assassin's Creed 4: Black Flag terá um enorme mapa explorável, tanto em terra quanto no mar
TT: Julgando pelo material disponível, parece haver um foco
maior em uma jogabilidade mais explosiva, pirotécnica. A franquia está
tentando mudar seu estilo nesse sentido?
AL: Vocês verão que, em Assassin's Creed 4, o elemento
sorrateiro está de volta, temos até uma demo aqui dedicada apenas a
isso. Na verdade, temos diferentes missões que realmente focam em
infiltragem, inclusive na história principal. Ela não será forçada, o
jogador poderá sempre escolher outro caminho, mas normalmente este será o
modo mais fácil de fazer as coisas. Nós queremos trazer de volta os
três pilares: infiltragem, navegação e combate, e realmente trabalhamos
para tornar a movimentação sorrateira mais interessante do que era.
TT: Em termos de sidequests, a Ubisoft está planejando
entregar a mesma riqueza de conteúdo do jogo anterior ou deixar o jogo
mais focado em um enredo linear?
AL: Nós realmente colocamos o foco no mundo aberto,
então se você seguir apenas a linha principal, terá 20 horas de jogo,
mas se for atrás das outras coisas vai jogar pelo menos 50 [horas].
Colocamos atividades na terra, no mar, na água. Nós vimos esse potencial
em Far Cry 3 e levamos isso em consideração.
O estande de Assassin's Creed 4: Black Flag na BGS 2013
TT: Vamos falar um pouco do Brasil. Como o jogo está sendo localizado?
AL: O jogo terá uma versão em português do Brasil, com
vozes, legendas, menus, tudo. Será 100% em português. Nós temos um time
dedicado a localizar os jogos, então depois que o jogo é feito em
inglês, eles entram em ação para assegurar que cada língua receba um
tratamento adequado, até que esteja perfeito. Isso é feito em cada país
individualmente, não em Montreal, e temos mais de 20 línguas. Nós vamos
em cada país e encontramos nossos recursos localmente - por exemplo, nós
pegamos atores brasileiros para a localização brasileira. Eu não sei o
que acontece nessa parte - nós do time principal jogamos o jogo em
inglês.
TT: Como foi a sua jornada pessoal em todo esse processo?
AL: Foi um aprendizado muito grande. Aprendemos muito
sobre o período de tempo, principalmente a trabalhar colaborativamente
com um número muito grande de pessoas. E eu tive a chance de visitar
estúdio com os quais a gente trabalhou, experimentar as diferenças
culturais. Foi uma experiência fantástica. Por causa do pesado foco em
design criativo que nosso diretor teve desde o início, tenho certeza que
este é o maior Assassin's Creed que já fizemos e ainda estamos
trabalhando nele. Vai ser muito legal.